De acordo com Sidnei Piva de Jesus, quando falamos de vinhos tintos, um dos termos que mais aparece é o “tanino”. Ele pode parecer um mistério à primeira vista, mas é um componente natural e essencial que influencia diretamente o sabor, a textura e até mesmo o tempo de guarda do vinho. Portanto, saber o que são taninos e como eles se comportam pode ajudar na escolha do vinho ideal para cada ocasião, além de tornar a experiência de degustação muito mais interessante. Então, que tal descobrir mais sobre esse elemento tão importante para os sommelieres?
O que são taninos e onde eles estão presentes no vinho?
Os taninos são compostos naturais encontrados na casca, nas sementes e nos caules das uvas, além de estarem presentes em outros vegetais, como o chá e algumas madeiras, como informa o empresário Sidnei Piva de Jesus. Isto posto, no vinho, eles aparecem principalmente nos tintos, já que esse tipo passa por uma fermentação com as partes sólidas da uva, onde os taninos estão concentrados.
Esse processo ajuda a extrair esses compostos, o que dá ao vinho uma estrutura mais marcante. Todavia, o papel dos taninos vai além do sabor: eles também funcionam como conservantes naturais, ajudando os vinhos a envelhecerem melhor, conforme menciona Sidnei Piva de Jesus.

Por isso, vinhos mais tânicos costumam ser aqueles que podem ser guardados por mais tempo. Aliás, a presença de tanino também dá ao vinho uma sensação de “secura” na boca, como se ela ficasse um pouco áspera. É uma característica que pode agradar ou não, dependendo do paladar de cada um.
Como identificar o tanino ao degustar um vinho?
Reconhecer os taninos durante uma degustação não é tão difícil quanto parece. Uma boa forma de notar sua presença é prestar atenção na sensação que o vinho deixa na boca, principalmente nas gengivas e na língua. Portanto, se você sentir uma espécie de adstringência, como quando toma um chá preto forte ou come uma banana verde, isso é sinal de que o vinho tem taninos mais marcantes.
Outro ponto importante é que os taninos não têm gosto específico, mas afetam a textura e o equilíbrio do vinho, de acordo com o empresário Sidnei Piva de Jesus. Logo, em rótulos mais jovens ou com taninos mais agressivos, essa sensação pode parecer áspera demais. Já em vinhos bem elaborados ou mais envelhecidos, os taninos tendem a se tornar mais suaves, ajudando a deixar o vinho mais aveludado e agradável ao paladar.
Quais tipos de vinho costumam ter mais taninos?
Por fim, segundo Sidnei Piva de Jesus, algumas uvas naturalmente produzem vinhos com maior presença de taninos. O que ajuda bastante na hora de escolher um rótulo, dependendo do que você está buscando. Tendo isso em vista, a seguir, separamos alguns exemplos de uvas e estilos mais tânicos:
- Cabernet Sauvignon: bastante estruturado, com taninos firmes, ideal para pratos mais pesados.
- Tannat: como o nome já indica, essa uva tem taninos bem intensos. É muito popular no Uruguai.
- Syrah/Shiraz: oferece taninos mais arredondados, com toques de frutas escuras e especiarias.
- Nebbiolo: típico da Itália, é conhecido pelos taninos altos e ótima capacidade de envelhecimento.
- Malbec: taninos presentes, mas geralmente mais suaves, com uma textura macia.
Esses são só alguns exemplos, mas já ajudam a entender como diferentes uvas impactam o corpo e a estrutura do vinho. Ou seja, ao conhecer esses estilos, fica mais fácil acertar na escolha para cada momento, seja para uma refeição especial ou uma taça no fim do dia.
Taninos: o segredo por trás da estrutura e longevidade do vinho
Em conclusão, fica claro que os taninos são uma parte essencial do mundo do vinho, especialmente nos tintos, e influenciam diretamente na experiência que a bebida proporciona. Dessa maneira, saber reconhecer e entender os taninos é um passo importante para quem quer aprofundar o paladar e fazer escolhas mais acertadas.
Sendo assim, com prática e atenção, você vai aprender a identificar a intensidade dos taninos e como ela combina com diferentes pratos e ocasiões. Logo, cada garrafa se transforma em uma nova descoberta, mostrando como a química natural das uvas pode se tornar uma arte engarrafada.
Autor: Abidan Santos