Como afecta a reforma fiscal às holdings, sucessões e empresas familiares?

Abidan Santos
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O Dr. Christian Zini Amorim analisa o impacto real da reforma fiscal nas estruturas familiares.

A recente reforma fiscal tem gerado especial atenção entre empresários e famílias que estruturaram o seu património através de holdings. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim destaca que as alterações propostas impactam diretamente a forma como estes instrumentos jurídicos são utilizados para fins de sucessão, proteção patrimonial e planeamento fiscal. Com novas regras a caminho, é essencial compreender as possíveis consequências e agir com estratégia.

As empresas familiares devem redobrar a atenção
Durante anos, estruturar o património por meio de uma holding tem sido uma das principais alternativas para manter o controlo societário e reduzir conflitos entre herdeiros. Com a reforma, esta alternativa pode perder parte da sua eficácia se não forem feitos ajustes atempadamente. O momento exige atenção e uma ação coordenada entre advogados, contabilistas e gestores.

Que mudanças podem afetar as holdings familiares?
Uma das principais preocupações é o possível fim ou limitação dos benefícios fiscais relacionados com a tributação de lucros e dividendos. Atualmente, muitas holdings concentram ganhos com isenção ou baixa carga fiscal. Com a reforma, a tributação sobre dividendos pode tornar-se uma realidade, impactando diretamente a rentabilidade destas estruturas. O Dr. Christian Zini Amorim sublinha que esta mudança exige uma reavaliação das estratégias patrimoniais já adotadas.

Dr. Christian Zini Amorim
Según el Dr. Christian Zini Amorim, la nueva legislación cambia las reglas para las holdings y sucesiones.

Além disso, a possível unificação de impostos e a adoção do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) podem alterar a dinâmica fiscal das empresas controladas por holdings. Isto significa que as transações entre empresas do mesmo grupo poderão ser tributadas de forma diferente, exigindo maior controlo e planeamento. O risco de dupla tributação ou perda de eficiência fiscal torna urgente a revisão das estruturas existentes.

Como será afetada a sucessão patrimonial?
Com o aumento da carga fiscal sobre rendimentos e operações, o planeamento sucessório através de holdings pode tornar-se mais oneroso se não for adaptado. Estruturas que anteriormente ofereciam poupança na transferência de bens e participações para os herdeiros podem ser afetadas por novos critérios de avaliação fiscal e pela eventual incidência de novos tributos. O Dr. Christian Zini Amorim destaca que este cenário exige ajustes precisos para preservar o património familiar.

A valorização dos ativos no momento da sucessão também pode ser impactada.
Com as mudanças, a base de cálculo para a cobrança de impostos pode ser revista, o que aumentaria os custos do processo sucessório. Por isso, antecipar doações com reserva de usufruto ou reorganizar a holding podem ser estratégias para mitigar impactos futuros. A segurança jurídica da sucessão depende de decisões bem planeadas hoje.

Como devem preparar-se as empresas familiares?
As empresas geridas por famílias devem rever o seu planeamento jurídico e fiscal. A reforma exige uma abordagem mais técnica e preventiva sobre contratos sociais, acordos de sócios e modelos de distribuição de lucros. Segundo o Dr. Christian Zini Amorim, adotar uma governança sólida e rever o papel da holding no planeamento da família empresária são medidas que ajudam a garantir a continuidade do legado.

Ajustes estratégicos para o novo cenário
A reforma fiscal está a redesenhar o ambiente tributário brasileiro, exigindo atenção redobrada por parte de quem utiliza holdings e outras estruturas para organizar o seu património. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim reforça que antecipar-se às mudanças e procurar soluções personalizadas é a melhor forma de proteger ativos e manter a eficiência das operações. Com um planeamento bem executado, é possível adaptar-se às novas regras com segurança e transformar os desafios em oportunidades de crescimento sustentável.

Autor: Abidan Santos

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