Portugal tem Tecnologia de Base na IA Generativa que Devia Ser Expandida, Diz Daniela Braga

Abidan Santos
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A inteligência artificial (IA) generativa tem-se afirmado como uma das áreas mais inovadoras e promissoras dentro do campo da tecnologia nos últimos anos. Numa declaração recente, a empresária Daniela Braga afirmou que Portugal já tem uma base sólida de tecnologia em IA generativa, mas que este potencial precisa de ser alargado para que o país se torne um protagonista global neste campo. De acordo com a especialista, a expansão da IA ​​generativa em Portugal não é apenas uma necessidade, mas uma oportunidade para consolidar o país como um hub de inovação tecnológica na Europa. De seguida, vamos explorar o que é a IA generativa, o que Daniela Braga propõe como caminho para a expansão desta tecnologia e como Portugal pode beneficiar deste avanço.

A IA generativa é um tipo de inteligência artificial capaz de criar novos conteúdos a partir de dados pré-existentes, como textos, imagens, música e até vídeos. A tecnologia tem-se mostrado extremamente versátil, sendo aplicada em áreas como o marketing, o design, o desenvolvimento de software, entre outras. Portugal, embora não seja tradicionalmente conhecido como um centro de excelência em IA, tem apostado na investigação e no desenvolvimento de soluções tecnológicas que fazem uso desta tecnologia de ponta. No entanto, para que o país se destaque realmente no panorama internacional, é necessário que haja uma maior integração de empresas, universidades e centros de investigação com o objetivo de expandir as aplicações da IA ​​generativa.

Daniela Braga, uma das principais vozes no setor tecnológico em Portugal, destaca a importância de criar um ecossistema robusto em torno da IA ​​generativa. Ela acredita que o país tem as bases necessárias, incluindo uma infraestrutura digital crescente e uma comunidade académica envolvida em investigação avançada, mas que ainda falta um maior apoio institucional e investimentos privados para que as soluções geradas pela IA sejam escaladas de forma significativa. Para ela, a criação de um ambiente favorável à inovação tecnológica depende, sobretudo, de políticas públicas que incentivem a colaboração entre o setor privado e o público, além de uma formação contínua de profissionais qualificados.

Uma das propostas de Daniela Braga para a expansão da IA ​​generativa em Portugal passa pela formação de profissionais. A formação de especialistas em IA generativa não deve limitar-se apenas aos campos tradicionais da ciência da computação, mas também ser alargada a áreas interdisciplinares, como o design, a arte e a música. Isto garantiria que as soluções geradas pela IA não só seriam tecnicamente precisas, como também criativas e adaptáveis ​​às necessidades dos diferentes setores da economia. O investimento na educação e formação de novos talentos seria, por isso, um passo essencial para garantir que Portugal dispõe de uma mão-de-obra qualificada para impulsionar o crescimento da IA ​​generativa.

Outro ponto levantado por Daniela Braga nas suas declarações é a necessidade de atrair mais investimento para o setor tecnológico em Portugal. Embora o país tenha apresentado avanços no desenvolvimento de soluções de IA generativa, as startups e as empresas tecnológicas ainda enfrentam desafios significativos relacionados com a escassez de financiamento. Braga sugere que o governo português deve criar incentivos fiscais e subsídios para atrair fundos internacionais e fomentar a criação de novas empresas baseadas na IA generativa. Isto não só ajudaria as startups a desenvolverem-se mais rapidamente, como também tornaria Portugal um destino atrativo para os grandes investidores no setor tecnológico.

Além disso, a expansão da IA ​​generativa em Portugal pode contribuir para a melhoria de vários setores da economia. Por exemplo, na área da saúde, a utilização de IA generativa pode facilitar a criação de novos medicamentos e tratamentos, otimizando os processos de investigação e desenvolvimento. Na indústria, esta tecnologia pode ser aplicada na criação de novos designs de produtos ou na automatização de processos, melhorando a eficiência e reduzindo os custos. É também possível utilizar a IA generativa em áreas como a educação, o marketing digital e até mesmo na criação de conteúdos para os media. Com o devido apoio e investimentos, Portugal tem potencial para ser um líder mundial na aplicação de IA generativa.

A adoção generalizada da IA ​​generativa, no entanto, envolve desafios tecnológicos e éticos que precisam de ser abordados com cautela. A utilização desta tecnologia pode gerar preocupações sobre a criação de conteúdos falsos ou manipulados, o que exige uma regulamentação clara para garantir que a sua utilização é responsável. Além disso, a IA generativa pode ter impacto no mercado de trabalho, substituindo certas funções humanas, o que torna necessária uma reflexão sobre o futuro do trabalho e como preparar os trabalhadores para as mudanças que se avizinham.

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