Garantir a segurança das crianças em idade pré-escolar é uma prioridade inegociável para qualquer instituição de educação infantil. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, empresário e Doutorado em Saúde Colectiva pela UFMG, os protocolos de segurança em creches são pilares fundamentais para o bom funcionamento da instituição e para a confiança das famílias.
Implementar práticas seguras, com base em normas actualizadas e critérios técnicos, vai muito além da prevenção de acidentes: trata-se de criar um ambiente saudável, acolhedor e preparado para emergências. De seguida, apresentamos os principais protocolos de segurança que todas as creches devem adoptar.
Porque é que os protocolos de segurança são indispensáveis nas creches?
O ambiente de uma creche envolve diversos riscos potenciais, desde quedas e intoxicações até emergências médicas e incêndios. Por isso, estabelecer normas claras e procedimentos preventivos reduz drasticamente a ocorrência de incidentes e promove uma cultura institucional voltada para a integridade física e emocional das crianças. É da responsabilidade da direcção da creche garantir que todos os protocolos estejam de acordo com a legislação em vigor.
Conforme sublinha o Dr. Paulo Henrique Silva Maia, a estrutura física da creche deve estar adaptada às necessidades das crianças pequenas. Portões com trancas de segurança, tomadas protegidas, pisos antiderrapantes e cantos arredondados são elementos básicos. Além disso, a creche deve dispor de extintores em locais acessíveis, sinalização adequada das rotas de evacuação, iluminação de emergência e detectores de fumo em todos os espaços interiores.
Como preparar os colaboradores para situações de risco?
Ter um plano é importante, mas garantir que todos saibam executá-lo é essencial, refere Paulo Henrique Silva Maia. As equipas de trabalho devem receber formação periódica em primeiros socorros, evacuação de emergência e prevenção de acidentes. Estas formações devem ser documentadas e actualizadas regularmente, com simulações práticas.

Os acidentes continuam a ser uma das principais causas de atendimento médico em crianças pequenas. Por isso, prevenir quedas, engasgamentos, queimaduras e cortes deve fazer parte da rotina diária da creche. Supervisão constante, brinquedos apropriados e mobiliário adaptado à idade são indispensáveis. Nas áreas exteriores, a vigilância deve ser redobrada. Os portões devem estar sempre trancados e a entrada e saída de crianças devem ser controladas por pessoas previamente autorizadas.
O que diz a legislação sobre a segurança nas creches?
A legislação brasileira, como a NR 23 (Norma Regulamentadora de Protecção Contra Incêndios), bem como os parâmetros do Ministério da Educação, estabelece directrizes básicas para o funcionamento das instituições de educação infantil. É obrigatório seguir essas orientações para garantir a regularidade da creche junto às entidades fiscalizadoras. O não cumprimento dessas exigências pode implicar sanções legais, danos à reputação da instituição e, sobretudo, sérios riscos à integridade das crianças.
Paulo Henrique Silva Maia reforça que a participação das famílias é fundamental. A creche deve manter canais de comunicação eficientes com os pais e encarregados de educação, fornecendo orientações sobre as práticas internas e solicitando apoio em acções preventivas, como a actualização do boletim de vacinas ou a identificação de objectos pessoais. Realizar reuniões regulares, enviar informativos e promover campanhas educativas são formas eficazes de manter todos envolvidos e conscientes da importância de um ambiente seguro.
Segurança é um dever contínuo
Em suma, a implementação e manutenção dos protocolos de segurança nas creches não devem ser encaradas como acções pontuais, mas como um processo contínuo, estratégico e colectivo. Desde a infraestrutura até à formação dos colaboradores e o envolvimento das famílias, tudo deve convergir para a protecção integral das crianças.
Como enfatiza o Dr. Paulo Henrique Silva Maia, investir em segurança é também investir na qualidade da educação, na credibilidade da instituição e, acima de tudo, na tranquilidade das famílias que diariamente confiam os seus filhos a esses espaços.
Autor: Abidan Santos